PINACOTECA DE SÃO PAULO ABRE EXPOSIÇÃO IMPERDÍVEL SOBRE “OS GÊMEOS”

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Pintura dos irmãos em Boston. Foto: OSGEMEOS/Divulgação

Acho que todo mundo concorda que 2020 não está sendo um ano fácil. É por isso que a notícia de que a Pinacoteca de São Paulo reabriu com a exposição ‘OSGEMEOS: Segredos’, dos artistas e irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, me deixou contente. A primeira exposição panorâmica da dupla fica em cartaz até o dia 22 de fevereiro de 2021.  

Para entender o tamanho da boa notícia, acho que vale explicar um pouquinho da trajetória dos artistas. Para começar, eles se lançaram no universo das artes sem nunca perder de vista o desejo de se manterem acessível ao grande público. Eles já estiveram presentes nas mostras mais prestigiadas do mundo. E ao longo da carreira, os irmãos também receberam convites para criar para os principais espaços públicos de mais de 60 países.

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Gustavo (de cabeça para baixo) e Otavio Pandolfo. Foto: Daniel Klajmic

Os artistas partiram de uma forte imersão na cultura hip hop e da influência da dança, da música, do muralismo e da cultura popular para desenvolver um estilo único, com atmosfera alegre, que acabou se tornando um emblema dos espaços urbanos pelo Brasil e pelo mundo. Seus trabalhos contam histórias – às vezes autobiográficas – cujas tramas envolvem fantasia, relações afetivas, questionamentos, sonhos e experiências de vida.

OSGEMEOS mantém seu ateliê, até hoje, no Cambuci, bairro no qual passaram sua infância e juventude. Foi a partir da década de 1990 que suas experimentações – não só em grafite, mas também pintura em telas e esculturas estáticas e cinéticas – ultrapassaram os limites bidimensionais, culminando na construção de um universo próprio que opera entre o sonho e a realidade.

Para a mostra na Pinacoteca, o duo apresenta pinturas, instalações imersivas e sonoras, esculturas, intervenções, desenhos e cadernos de anotações. O corpo de obras dos irmãos invade o museu, ocupando as sete salas de exposições temporárias do primeiro andar, um dos pátios, diversos espaços internos e externos, além de uma instalação, concebida especialmente para o Octógono.

Durante os meses em que a exposição estiver em cartaz, o museu será tomado pelo estilo e pela grafia inconfundível da dupla de artistas. Temporariamente, o tradicional letreiro na fachada que traz o nome da instituição, foi substituído por um luminoso desenhado especialmente por eles.

Sem dúvida essa é uma grande dica para quem está com saudade de passear por São Paulo e ainda conhecer o trabalho primoroso desta dupla que enche o Brasil de orgulho.

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Mural em tonéis na Bienal de Vancouver. Foto: OSGEMEOS/Divulgação